28 de abril de 2011

Amores Serão Sempre Amáveis

Eu já gostava da música Futuros Amantes, do Chico Buarque quando li o seguinte:

"Eu estava mexendo no violão, comecei a fazer a melodia, e a primeira coisa que apareceu foi exatamente cidade submersa, isolada de tudo... Porque cantarolando parecia cidade submersa, parecia que a música queria dizer isso. E eu tinha que ir atrás depois, tinha que explicar essa cidade submersa, tinha que criar uma história. Aí eu coloquei esses escafandristas e esse amor adiado, esse amor que fica pra sempre, né? Essa ideia do amor que existe como algo que pode ser aproveitado mais tarde, que não desperdiça. Passa-se o tempo, passam-se milênios, e aquele amor vai ficar até debaixo d’água e vai ser usado por outras pessoas. Amor que não foi utilizado. Porque não foi correspondido, ele ficou ímpar, pairando ali, esperando que alguém o apanhe e complete a sua função de amor.", Chico Buarque.

(Extraído do livro "Histórias de Canções: Chico Buarque", Wagner Homem - Editora Leya - 2009, pág. 271.)

As palavras foram absorvidas assim que terminei o parágrafo. Fiquei meditando por algum tempo olhando para o nada. Depois sorri. Todos aqueles amores não vividos por mim e por outras pessoas estavam a salvo. Nunca mais esqueci. Amores serão sempre amáveis. Um dia ainda vou tatuar isso. No corpo, porque na alma já ficou tatuado.

26 de abril de 2011

Achado

A Lais achou esta frase na agenda dela: "A gente precisa vencer os medos se quiser saber o que é o amor." Diz ela que é de minha autoria. Eu não lembro. Mas o que mais nos impressionou é que a frase faz todo o sentido. Talvez, faça até mais sentido agora do que na época que foi dita. Coisas da vida.

4 de abril de 2011

Beatlemagia

No feriadão de Carnaval, eu estava em Porto Alegre e marquei de me encontrar com a Jaque na segunda-feira. Como diria a Nath, que não foi porque estava fora, "Haviam bolas de feno rolando na Rua da Praia.". A cidade estava deserta. Fomos almoçar no Centro. Caminhando sem rumo certo, entrando nas lojas, ao olhar para umas mochilas fiz o seguinte comentário: "Esses dias eu 'tava' procurando uma mochila preta, quando vi uma cinza toda escrita com coisas coloridas. Ainda brinquei: 'Que coisa mais família Restart!'. Cheguei perto e fui ver e era do Restart mesmo, guria! Isso chega a ser um desaforo! Se o cara quer uma mochila dos... dos Beatles, tem que mandar fazer..." e ela complementou: "Ou comprar em sites e pagar horrores de frete.". Eu poderia ter dito qualquer banda ou artista. Mas eu falei Beatles. O primeiro nome que me veio na mente. A banda preferida da Jaque e da Nath. Bastou isso para o universo todo agir. Saímos daquela loja, andamos mais um pouco e eu disse: "'Vamo' ali naquele 1,99!". Eu não tinha nada pra fazer ali. Não precisava comprar nada. Entramos. De repente as duas ficam paradas olhando para a prateleira mais alta. Cena digna de foco de luz e anjos tocando harpa. Uma mochila dos Beatles. Ergui os braços e peguei a mochila, quase que não acreditando. "Te odeio!" foi o que eu ouvi da Jaque. Eu só conseguia pensar em algo do tipo, "Eu deveria ter dito que queria ganhar na mega-sena! Cacete!". Fui ver o preço da mochila, outro choque. Irrisórios R$ 19,90. Sim, R$ 19,90! Era a única. Comprei e dei de presente para a Jaque. Não sei muito bem como as coisas aconteceram até agora. Procurei outra para dar pra Nath, mas ainda não consegui encontrar, ou encomendar aos céus, melhor dizendo. Já tinha ouvido falar em Beatlemania, mas nunca em Beatlemagia.
A prova.