28 de dezembro de 2009

Reciclagem

A reciclagem é uma ótima maneira de combater a poluição, inclusive a poluição sonora.



Maria Gadú já aderiu a causa. Nossos ouvidos agradecem.

17 de novembro de 2009

Bolas de Sabão


Pensamentos são como bolas de sabão: flutuam. Alguns voam alto, outros nem tanto. Uns somem no ar, outros estouram antes mesmo de serem concluídos. Uns são grandes, outros pequenos. Alguns acabam estourando sozinhos, com o tempo, ou são estourados por alguém, até mesmo pela gente. Às vezes tem um dentro do outro. Às vezes saem vários, um após o outro, tão rápido que vagam a deriva até que se percam por não conseguirmos alcançá-los. Tem ainda os que nos fazem sonhar enquanto existem e nos trazem de volta a realidade quando se desmancham, deixando apenas suas micropartículas frias caindo sobre nós. Possuem todas as cores e ainda assim são transparentes. Alguns nos fazem chorar quando estouram diante de nossos olhos. A única coisa que os difere é o material de que foram feitos. As bolas são de sabão e os pensamentos de imaginação.

11 de novembro de 2009

Mais Flores

A primavera está inspirando os publicitários. Mais uma vez recebi flores pela televisão. Esta propaganda das Tintas Renner é linda, delicada, apaixonante... E para completar a música é um encanto.

27 de outubro de 2009

Hoje

Hoje de manhã, enquanto esperava minha carona, olhei para o alto. O céu estava tão azul, tão limpinho que por um momento esqueci de todos os meus problemas. O sol já brilhava forte e colorido dos prédios contrastava com o azul celeste do céu, típico das manhãs frias no início da primavera. Na rua apenas três árvores. Duas com folhas verdes e uma só com galhos secos. Tudo isso exposto para quem quisesse ver. Mas nenhuma pessoa parou. Os carros seguiam correndo. Ninguém percebia nada. Só eu. No mp3, My Girl, uma versão interpretada pelo The Jackson 5. Eu estava só, mas era como se alguém tivesse preparado tudo aquilo para mim.


Podemos ter pequenos momentos de felicidade em meio a tristeza. É só prestar mais atenção nas coisas a nossa volta.

Posso estar enganada, mas acho que Deus falou comigo hoje de manhã.

21 de outubro de 2009

A Flor

Ontem eu estava no meu quarto lendo, ouvindo música e vendo TV, assim tudo ao mesmo tempo. Pensava na vida quando este comercial do Bradesco entrou no ar. Me impressionei com a maneira que a história foi contada. Quatro histórias. Vidas distintas, mesmo assim, ligadas uma a outra. Trabalho. Sonhos realizados. Uma pausa em meio a bagunça de meus pensamentos. Flores enviadas pela televisão. Eu apaixonada por propaganda, me encantei pela delicadeza desta.

30 de setembro de 2009

Corpos, Panelas e Blablablás

Corpos foram feitos para encaixar-se, pensava ela no caminho para casa. O dela e o dele se ajustavam perfeitamente. Os pés e as pernas fundiam-se, a ponto de não se saber de qual dos dois eram. Quadris acoplados. O peito dele nas costas dela. Os braços simetricamente alinhados, repousavam sobre ela, e, ao final, mãos entrelaçadas. Às vezes, durante uma conversa e outra, ele apoiava o queixo, com a barba já um pouco crescida, no ombro dela, causando assim, uma espécie de arrepio involuntário. Seria perfeito, se não fosse um pequeno detalhe. Ele não pertencia a ela. Ela não pertencia a ele.

Toda a panela tem sua tampa, mesmo assim, tem horas que usamos as tampas trocadas, pensei eu, enquanto ela pensava nele. Na urgência de fazer a comida, usamos tampas de outras panelas. Algumas delas parecem encaixar-se perfeitamente, mesmo não sendo do mesmo conjunto. Minha mãe tem uma tampa de panela que cabe perfeitamente em uma frigideira! A gente tenta, força, e a panela acaba cedendo. Às vezes a tampa é grande demais e sobra, mas dá pra quebrar o galho. Só que a panela é de aço inox e a tampa é de teflon. Uma não pertence à outra.

Encaixar-se é o que todos querem na vida, pensava ele arrumando-se para uma festa, enquanto ela pensava nele e eu pensava em panelas. Mas a verdade é que ele ainda não tem certeza do que quer. Sabe que se ajusta perfeitamente nela, mas não sabe por que motivo ela não é a tampa dele. Aliás, ele não sabe se é tampa ou se é panela, se é que isso faz alguma diferença. Segue como uma frigideira com um prato em cima na tentativa de cobrir o que tem dentro de si. Encaixados, ou não, continuam na mesma. Ele não pertence a ela. Ela não pertence a ele.


21 de setembro de 2009

Minha Vida, Meu Jardim

Hoje de manhã acordei pensando nas flores da minha vida. Nos lírios que eu não desafiei. Na tulipa que eu ganhei e minha mãe cuidou como se fosse dela. No destino da flor-de-lis, que tantas vezes já se repetiu. Na importância que a rosa tem na minha vida. Nas margaridas que eu amo tanto, mas que não tenho perto de mim. Nas flores amarelas, da Insônia, de Paulo Mendes Campos, que já preencheram a minha própria insônia. Nas flores de plástico que não morrem, mas que também não exalam perfume. No copo-de-leite, que era a flor preferida do meu avô, e que meu pai colheu e pôs num vaso essa semana. Nas violetas que minha tia colocava junto a janela da cozinha, e que hoje, não sei por qual motivo, não cultiva mais. Nas pétalas de maravilha que viravam esmalte quando eu era criança. Nas flores cor-de-rosa daquela árvore que tem no caminho que eu faço há anos, mas que só a pouco fui notar. No amor-perfeito que eu nunca tive.

16 de setembro de 2009

Ecoava

A internet coloca, muitas vezes, coisas mimosas no nosso caminho.
A de hoje foi este vídeo que encontrei na comunidade do Orkut, Prazeres Amélie Poulain.
O vídeo foi produzido pelo Rafael e pela Denise, que são integrantes da comunidade. Eles estão participando do Concurso Nacional Jovens Produtores da Oi. Vota lá.

18 de agosto de 2009

Com a Bunda Virada Pra Lua


Há cerca de um mês, eu e dois amigos, Vini e Laís, resolvemos fazer uma “simpatia” para nos trazer sorte. A Laís ouviu que mostrar a bunda para a lua cheia traz sorte no amor. Logo, nós, Os Três Patetas, interpretamos o seguinte: assim como diz o ditado, “Fulano nasceu com a bunda virada pra lua”, mostrar a nossa bunda para a lua não nos traria só sorte no amor, e sim sorte em tudo.
Depois de algumas caipirinhas e cervejas, saímos de casa decididos, mesmo com o frio que fazia naquela noite, a cumprir o tal ritual. O local escolhido foi as margens do Guaíba. No caminho, entramos numa ruazinha para atalhar, mas três cachorros nos impediram de seguir em frente. O Vini ainda tentou convencer-nos a seguir em frente, mas um cachorro para cada um não me pareceu um bom sinal. Paramos no meio da rua e começamos a discutir. Olhamos para o céu e a lua brilhava acima de nossas cabeças. Foi quando decidimos que o crime seria ali mesmo. A rua estava deserta e ninguém em sã consciência iria botar a cara para fora mesmo. 1, 2, 3 e já! Emanamos nossos pedidos e baixamos as calças.
Na volta aquela sensação de dever cumprido, de que daquele momento em diante as coisas seriam diferentes, seriam melhores. Hoje, aquela sensação de que nada mudou.
Acho que só funciona mesmo na hora que a gente nasce.

27 de julho de 2009

A Pureza da Resposta das Crianças

Fui a uma Festa Julina com duas amigas do serviço. Uma delas levou a filha de 5 anos. Durante a festa eram sorteados alguns brindes: TV 29’ polegadas, micro-ondas, camisetas de times, e outras zilhões de coisas. Mas o que a Laurinha queria era uma capa de chuva rosa, das Meninas Super Poderosas, que ela tinha visto no meio de toda aquela confusão.
Na hora do sorteio, todos torcendo para ganhar a televisão e ela torcendo pra ganhar a capa de chuva. “-Mas filha, tu não quer ganhar a TV?” E ela super decidida: “-Não! Eu quero a capa de chuva das Meninas Super Poderosas!”
Sabem de uma coisa? Acho que ela tem razão. Pra que outra TV, não é mesmo? Gente grande realmente é estranha. Onde já se viu com tanta coisa nova, querer ganhar uma coisa que já se tem. Francamente!
Fiquei pensando qual é o exato momento da vida em que a gente perde a essência do ter.
Por isso “eu fico com a pureza da resposta das crianças”.

8 de junho de 2009

Ciclo

Penso em ti e me falta o ar.
Com falta de ar, me dói o peito.
A dor no peito me traz um arrepio nas costas.
Esse arrepio nas costas, o frio.

Sinto frio e penso novamente em ti.

4 de junho de 2009

o.O

Juro que eu tentei! Procurei uma palavra para expressar o fato que me foi relatado, mas não consegui! Tenho diante de mim um dicionário da Língua Portuguesa com mais de 28 mil verbetes e não encontrei nada. Lembrei-me daquele episódio de Os Simpsons, em que Homer vira crítico gastronômico do jornal da cidade. Ele descreve as refeições através de sons e caretas, as quais Lisa transforma fabulosamente em palavras. No momento eu sou o Homer Simpson, e só consigo pensar nisto: o.O.
Vamos ao fato. Minhas irmãs, que são gêmeas, estudam na mesma classe. Uma delas copia toda a matéria que é passada na aula. A outra, malandra e cara-de-pau, não. Dias atrás, uma professora estava dando 10 pontos pelo caderno completo. A que copiava tudo, mostrou o seu e recebeu nota 9. A professora disse que estava bom, mas que ela poderia ter caprichado mais. A outra como não tinha o caderno completo, pediu para mostrar na próxima aula. Claro que ela não tinha copiado também na aula seguinte. Só que para a sorte dela, a professora havia esquecido de dar o visto no caderno daquela que já havia apresentado. Não pensou duas vezes. Mostrou o mesmo caderno para a professora, que dessa vez deu nota 10! Mesmo caderno. Nada de diferente. Agora eu pergunto: qual foi o critério de avaliação que a professora utilizou? o.O.

Pra quem vive na "Bolha" e não sabe o que é o.O, visite: http://pt.wikipedia.org/wiki/Emoticon

25 de maio de 2009

40 Coisas Randômicas

01- Aprendi isso numa comunidade do Orkut.
02- Desde então, as 40 Coisas Randômicas, se tornaram uma espécie de terapia para mim.
03- No início a gente acha que é difícil escrever 40 coisas.
04- Com o passar do tempo, temos a sensação de que podemos escrever muito mais que 40.
05- Randômica significa aleatória.
06- Tive que procurar o significado no dicionário.
07- Já apliquei essa “técnica” em outras pessoas.
08- Sábado expliquei como se fazia a um amigo.
09- Acho superdivertido ler as 40 Coisas Randômicas que os outros escrevem.
10- A mente da gente viaja horrores.
11- Eu acho isso muito bom.
12- Escrever tudo que vai surgindo na nossa mente faz a gente pensar.
13- Nos traz a tona coisas até então desconhecidas.
14- Pensamentos nossos de cada dia.
15- Coisas surpreendentes.
16- Já escrevi tantas, que até já divido as minhas por categorias.
17- Mas o bom mesmo é escrever sobre tudo ao mesmo tempo.
18- A minha nº 19 é sempre a mesma.
19- Sinto saudades todos os dias.
20- No início foi coincidência, agora já virou uma marca.
21- Não vejo só tristeza na saudade.
22- Talvez seja esse o motivo que me faz lembrar dela todos os dias.
23- Gosto também da palavra delicadeza.
24- Aprendi um significado novo para ela quando comecei a ler os textos da Cris Guerra.
25- E aprendi o antônimo, que é a palavra desmesura, numa música do Djavan.
26- Eu tenho a mania de ler o dicionário.
27- Também tenho mania de jogar o nome das pessoas que eu conheço no Google.
28- Descubro cada coisa...
29- Tenho mania de usar reticências no final das frases...
30- Estou tentando para com isso.
31- Acabei de comer um chocolate.
32- Estou ouvindo Flor de Lis, do Djavan agora.
33- E falando no MSN.
34- É incrível o poder que as pessoas tem de azedar o dia da gente com seus comentários cretinos. ¬¬
35- Mas eu não vou me abalar.
36- Vou levantar o volume do rádio.
37- “Eu só sei que amei, que amei, que amei, que amei”. 

38- Isso sim é uma coisa que relaxa a gente.
39- Faça essa viajem também.

40- Escreva você 40 Coisas Randômicas.

21 de maio de 2009

Pérola ao Vento

“O teu olhar já é uma transmissão de pensamento”. Ouvi esta frase esses dias de um hippie (aqueles que ficam em frente dos extintos cinemas Guarany e Imperial vendendo artesanato), no centro de Porto Alegre. É o tipo da coisa que Éverton Cunha chama de Pérola ao Vento.
A frase ficou ecoando na minha cabeça. O cara tem razão. Tem pessoas que só de se olharem, já leem o pensamento uma da outra. A mãe ao olhar para o filho que mexe no que não deve, por exemplo. Muitas vezes a criança nem sabe falar ainda, mas vê aquele sinal silencioso e larga o objeto na hora. Eu me entrego sempre pelos olhos: se estou alegre, triste, puta da cara, se chorei, se estou entediada, nervosa, tudo. As pessoas mais próximas sempre perguntam: “ - Tá tudo bem? É que tu ta com uma cara...” E não dá pra mentir porque o olhar entrega novamente. Me sinto transparente quando isso acontece.
Nunca tinha parado para pensar que o olhar também é um meio de comunicação. A gente nem sempre precisa da voz ou da escrita para dizer alguma coisa. Nossos olhos funcionam como uma espécie de extensão do pensamento.
E o meu pensamento olhou para essa pérola solta a esmo no meio da rua.

11 de maio de 2009

Flores, Amores e Blablablás

Faz algum tempo que eu penso em escrever. Faz algum tempo que me mandam escrever. Mas faltava o nome. E tinha que ser um nome que descrevesse a essência do que seria dito. Até que na sexta-feira passada, enquanto eu ouvia músicas no meu MP3, o nome surgiu. Na verdade ele sempre esteve lá, eu é que não tinha percebido.
Quando a gente gama tudo são flores, amores e blablablá...” foi o verso cantado por Marjorie Estiano que me abriu os olhos (e a boca). Simplesmente, perfeito! Na verdade, se pararmos para pensar, tudo na nossa vida são flores, amores e blablablás. E é sobre todos esses assuntos que quero escrever.
FLORES, porque quero falar sobre as pequenas coisas da vida. Sobre as delicadezas do nosso dia-a-dia. Coisinhas bonitas que às vezes passam despercebidas por nós. AMORES, porque todo mundo tem algum: platônico, possível, impossível. Amamos pessoas, animais, lugares, livros, comidas, músicas, etc. BLABLABLÁS, porque além de querer compartilhar as bizarrices que acontecem na minha vida, jogar conversa fora é muito bom!
Com o nome do Blog escolhido e o motivo explicado, agora é só deixar rolar.